Subi o morro, desci a ladeira e avistei o bicho. Mas que bicho! Tinha algumas pernas, o tronco curvo, cor vistosa e andar comprido. Estava procurando a Bela e achei o bicho. Não que o bicho fosse melhor que a Bela, mas que bicho. Olhou para mim indiferente e, quando fez que foi, voltou. Segui até onde pude, cruzando açudes e desviando penhascos. Não havia uma câmera fotográfica, apenas papel e lápis. Ele precisamente escorregou na pedra e, como se fosse o rei do lugar, não olhou para trás. Avistei-o indo de longe, carregando sua cordialidade e elegância, dominando o lugar que nasceu para ser seu.
Sentei embaixo da árvore, lembrei da Bela e escrevi sobre o bicho.