Na ciência, principalmente entre os alunos, há um debate legal e que não leva a nada.
Normalmente, os físicos dizem que são os poderosos detentores das leis do universo; eles seriam aqueles homens sobrenaturais, meio malucos, que desvendariam toda e qualquer ação e reação. [10 em cada 10 pessoas lembram que seria alguém com uma língua de fora e cabelo despenteado]. Os químicos e os jalecos pensam que tudo são moléculas e substâncias; eles são os donos do Carbono (o C é base de tudo que é orgânico, ou seja, nós) e o mapa da salvação se chama tabela periódica. [apesar de que sempre imagino uma química, de estatura média e óculos modernos, espevitada, neurótica e sexy]. Por fim, os biólogos, de muitos tipos, em geral pensam que são os corretos e coerentes, aproveitando-se do conhecimento dos dois de cima para tentar chegar a algum lugar, e, muitas vezes, não chegam. [ninguém sabe direito o que eles fazem, mas acham legal e necessário porque “protegem” o “meio ambiente”].
Terminada a discussão - depois de algumas horas - os três voltam para casa. Eles gostaram dos colegas e até combinaram um happy hour para conversar sobre novela e futebol. Mas todos, definitivamente, pensam, mais do que nunca, que sua área é a mais importante e interessante.
Claro, é o óbvio, cada um tem a sua visão particular – e relativa.
Quando formulam a hipótese e interpretam a evidência, a experiência prévia acaba sendo determinante. Ela sempre é. Como uma bagagem inseparável, ou o resto do iceberg.
Um dos caras mais fascinantes que já existiram foi Albert Einstein. Provavelmente é, com todos os méritos, o cientista mais popular. Não que a popularidade seja um objetivo ou mesmo um mérito. Paulo Maluf.
Mas esse físico, ou a figura que representa, rompeu com o conhecimento prévio e jogou fora a experiência.
Estou exagerando. Mas pensem bem. Ele disse que o espaço e o tempo são relativos.
Alguns dizem que evolução é uma coisa bizarra: como é que faço parte da linhagem dos macacos? O chipanzé é meu primo? Acredito que a dificuldade em aceitar é muito maior pelo nosso preconceito e arrogância do que no entendimento.
Leiam, evolução, nas palavras de Darwin: descendência com modificação.
Olhem para seus pais. Agora. Não é verdade?
Mas o tempo e espaço...
O tempo, todos concordamos, é relativo.
Muito mais por uma questão psicológica do que física.
O estresse transforma os dias em meses, os minutos em dias...
O tempo nos tortura e queremos apenas aumentar a velocidade, diminuir o espaço. Mas não dá. Temos que aceitar.
Queremos resolver, esperamos uma resposta, nos enchemos de comida, música alta. Alguns não param de falar, outros ficam mudos...
De acordo com a teoria da relatividade a dilatação temporal é possível. Somente em velocidades próximas a luz.
O tempo seria uma quarta dimensão integrada. E faz muito sentido. Por que antes era separado ou independente? Ele é apenas mais uma variável.
Acho que porque não é algo que possamos experimentar. Ninguém pode pegar uma nave e sair viajando no espaço para voltar mais velho. Eu não sou físico e, apesar de me interessar, tenho pouca leitura e não compreendo bem a relatividade restrita, espacial e geral.
Ainda assim, o que mais gosto da teoria é esse caráter de integração. Antes era um monte de leis. Não gosto de leis. Essa nova linha de pensamento traz a explicação. Um pouco distante é verdade. A gravidade seria uma curvatura do espaço-tempo (?).
Mas acaba sendo mais simples e objetiva.
Enfim, nessa relação, o melhor não é brigar com o tempo ou deixar ele separado.
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